quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Coisas sem as quais não posso viver.




Estava olhando as configurações no meu perfil do Orkut, quando vi um espaço, para se completar com as cinco coisas sem as quais não se consegue viver. Viver é tarefa complexa. Será possível mesmo elencar as coisas sem as quais não vivemos? São tantas... Para mim, existe muito mais do que cinco coisas. De qualquer forma, isso me fez pensar nas coisas que eu não fiz.
Eu sempre tive vontade de morar em Nova York. Não definitivamente. Gostaria de vivenciar Nova York. E olha que isso não foi porque vi Sex and the city ou Friends, mas porque é onde tudo acontece: os melhores musicais, o MoMA, o Museu de História Natural, bares onde podemos ouvir um excelente jazz, ótimos restaurantes, Dia de Ação de Graças, Natal com neve, Central Park e várias outras coisas interessantes para se fazer.
Também gostaria de morar em Paris. Visitar os parques, beber aqueles vinhos franceses maravilhosos, passear a margem do Sena, como no filme Depois do pôr-do-sol, comprar quadros em MontMartre, passar por baixo do Arco do Triunfo, admirar a arte no Louvre, ir a um café charmoso, ler jornal e beber algo. Poderia sim passar um tempo por lá. Então, viajaria por toda a Europa. Até mesmo de trem, como no filme Antes do Amanhecer, que por sinal, faz a gente querer que a paixão seja um estado perpétuo, como se fossemos capazes de congelar aquilo no tempo, ou melhor, segurar o momento.
Divagando um pouco no estado paixão, que realmente é algo que me alucina e me tira as rédeas, eu compraria uma casa em Toscana, como no filme Sob o sol de Toscana, encheria minha casa de amigos e faria uma grande reforma em minha vida. Bramasole. Ou entao viajaria para Buenos Aires só para respirar a música por todos os cantos, E poderia, posteriormente, a dois, fazer a rota do vinho na Califórnia. Então, estaria pronta para voltar ao Brasil.
Estas são as coisas que eu sinto vontade de fazer. Confesso que o grande barato da vida é viajar. Só que isso sai caro. Então fica mais fácil viajar por meio dos livros e filmes. E minhas viagens por meio dos sonhos não são turísticas, mas sim estilos para viver com intensidade.



Outra coisa fundamental é escrever a própria vida. Para mim, quem escreve a própria vida é o verdadeiro contador de histórias. Mas há mais uma coisinha importante: sonhar. E escrever todas as páginas.
Com isso, penso nas coisas importantes para mim antes de morrer. E se a morte viesse me buscar e pedisse que eu desse um único motivo para me deixar ficar, eu daria o maior de todos: poder me conhecer. Assim, ela me deixaria aqui de vez, pois isso seria algo inesgotável, tendo em vista que ainda resta muito para eu descobrir sobre mim, e claro, sobre o mundo, já que não estou desvinculada dele.
Por isso, não posso elencar as coisas sem as quais não posso viver. Isso empobrece o tema. Mas posso sim dizer, com toda a certeza do mundo, que não poderia jamais passar em branco pela vida.

Música “vício da alma”.



A música me desconstrói. Passo a ser alguém que transcende os próprios limites. Como se eu deixasse meu próprio corpo e flutuasse na melodia.  A música me consome, mas eu não sinto dor. Só sinto leveza. Sinto como se eu fosse o vento. Como se eu não tivesse nada que me prendesse. Como se tivesse asas. Como se voasse, sem pensar em voltar. Partir. Sem sofrer. A música toma conta de mim. Já não sou eu. Sou melhor. Sou a própria melodia que escapa de qualquer explicação ou razão. Sou nota, Sou tom, Dom. Desprovida de qualquer intenção, Só emoção.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sobre mim.

Retirado de "O inquieto curriculum vitae de Débora Prates "


Nasci numa Quarta-feira começo de inverno em uma pequena cidade da Serra Catarinense, onde a estrada faz uma curva. Era inverno. Quase morri antes de fazer um ano. Depois me engracei pela vida e nunca mais parei de viver. Na infância fiz muitas coisas sérias: apanhei chuchu no telhado da garagem; montei uma banda que só tinha um baterista tocando um balde virado; tive criação de lagartas e escalei em tempo recorde o abacateiro lá de casa. Aos sete anos Fui pra Lages. Morei na Rua das Sete Casas, onde o meu quintal era o mundo. Namorei todos os meninos do bairro. E eles não sabem até hoje. Já fui palhaça, vendedora ambulante, empacotadora de mercado, secretaria, professora de escola dominical infantil. Já trabalhei na roça do sitio da minha vó plantando arroz. Já apresentei baile de debutante de oitava Série. Já dei a volta ao mundo com uma mochila nas costas (mentirinha). Virei cristã e agora comecei a escrever  o que penso, talvez um dia eu possa chamar isso de vivencia, Já namorei, briguei , já plantei muitas árvores, brinquei muito de boneca, cai muitos tombos e agora estou tentando escrever tudo isso em um blog, Mas tudo isso me parece tão pouco. Passei a vida a me procurar. Me encontrava todos os dias pra me perder de novo, logo em seguida. Tive tudo. Perdi tudo. Mas meus dias sempre tiveram fundo musical. Aprendi que a vida vale a pena, e ser feliz é a lei, e nunca mais esqueci disso. Faço aula de violão. Gosto de espanhol . eu amo cantar e tudo o que envolve musica, Curso administração mais meu sonho é ser Advogada. Sonho sem parar. E acho que estou namorando com o menino mais bonito e legal do mundo. :D

Muito Prazer.

  

Eu tenho medos bobos e coragens absurdas. Eu vivo cercada de pessoas por fora da minha bolha egocêntrica, infantil e sensível. Eu preciso de sal e açúcar para não virar os olhos de pressão baixa e hipoglicemia.

Escrevo por três motivos simples: preciso aparecer e não sou bonita o suficiente, preciso matar o tempo e preciso não morrer. Sou fútil, entro em pânico pela moda, mas meto um chinelinho pra parecer desencanada. Sou romântica, entro em pânico por não ser amada. Eu vivo à espera daquele momento, mas não sei momento é esse. Às vezes sinto cheiros e morro de saudades de coisas que já não me lembro mais.

Eu me orgulho de todas as minhas lembranças ingênuas, mas tenho consciência de que foi a minha fragilidade cansada que me transformou numa pessoa irônica. Eu tenho uma risada escandalosa que me envergonha e uma mania ridícula de imitar a Madonna nas pistas de dança.Eu sei de cor tudo o que tenho que fazer para dar certo, mas tenho medo da responsabilidade de ser notada. Adoro o toque do telefone que quebra o barulho do abandono, a força leve da caneta no papel que pode transformar tantas coisas e o som do carro chegando na chuva para me salvar. Às vezes, eu gosto apenas da folha em branco, do silêncio, da noite e da janela fechada, de preferência todos juntos. Adoro o som de crianças num parquinho. Acho tudo o que se refere ao amor extremamente brega. Acho tudo o que não se refere ao amor extremamente infeliz.

Tenho crises de pânico mas nunca tomei nenhum remédio, acho normal que às vezes o ar se despeça do meu mundinho fechado e me faça vagar pela falta de pressão do universo. Minha mão fica tão gelada e meu coração tão quente que eu pareço um petit-gateau. Tenho medo de vomitar e não parar nunca mais de vomitar.

De bater a cabeça desmaiada na pia e morrer solitariamente. Eu cansei de papo furado à luz de velas, eu cansei da ansiedade e da ilusão de princesa. Eu prefiro um DVD e um pijamão e todas as minhas guloseimas no armário da cozinha. Mentira. Tudo mentira. Eu corro atrás o tempo todo. Não vou falar de nada que não seja meu umbigo. Sou essa mala monotemática mesmo, chata, obsessiva, mas que ama muito mais do que odeia.


Bem vindo ao lugar certo.

Se você simplesmente entrou aqui pra ler uns textos, porque curte meus textos ou porque ainda não sabe que curte meus textos, saiba que esse blog, foi feito pra você! Leia, leia, leia, leia e leia. É pra isso que estamos aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Lágrima Sincera.







A lágrima é tão inimiga do riso, quanto a lagarta é da borboleta. Há quem acredite que é preciso driblar o choro para chegar ao gol da alegria. Há quem pense que o sofrimento mora distante da felicidade, sendo que na verdade estão todos na mesma vizinhança, e por muitas vezes quem coloca a bola nos pés da festa é o passe certeiro da dor. Não podemos ignorar nossas feridas para, esquecendo delas, curtir algum fugaz tempo de safisfação. Precisamos olhar para dentro da lágrima com os olhos da fé. Seremos surpreendidos ao descobrir a gargalhada cravada entre o pranto e a desilusão. Quando enfrentamos nossos pesadelos, ao invés de ignorá-los, sentimos tamanha alegria ao vencê-los com o poder de Deus, que nossos saltos incontidos são como brincadeira de criança sonhadora. Quem esconde sua solidão num riso fabricado pelo medo, perde a chance de ao mostrar sua dor, encontrar amigos, desvendar a face de um irmão em um rosto antes desconhecido. Aceitar nossa fragilidade é o que nos torna realmente fortes. Descubramos as restaurações, transformações, vitórias, canções, poemas e tantas outras belezas semeadas dentro do universo de uma lágrima sincera.