sábado, 6 de novembro de 2010

Um só.



Posso tocar o infinito com os pés. Os olhos parecem submersos,o tempo se confunde é como se tudo isso fizesse parte de um plano paralelo,em que eu e  você  fôssemos os primeiros e os únicos. E que de algum modo estamos ligados desde o princípio ao fim. Quando nos separam o vazio me encontra , porque por mim eu poderia ter todo o tempo do mundo e ainda assim seria escasso. Os rostos se colam,as mãos se entrelaçam, os corpos se fundem,como num ritual .
Eu quero esticar a linha do meu sentir, deixar que você me leve nesse plano.
Porque desse modo eu não havia sentido antes, não assim... ao ponto de renunciar á tudo e a todos sem hesitar. Eu amo os nossos modos. Eu amo os nossos passeios. O sentir não é um mar de rosas, e disso sabemos bem, e ao fim de cada birra nossa eu posso me certificar de que temos um ao outro novamente, por um tempo indeterminado.

*Porque eu me perco ,mas sempre acabo por me encontrar em ti.

Fé.



Hoje as dores são demais para nós, sonhadores, que tivemos nossos sonhos amputados. Sonhos encardidos com a força do tempo. Tento olhar para trás e me imaginar criança com os olhos de agora. Tanta inocência, tanto afeto que abraçava com as duas mãos. Agora, um baú de esgotamento, que luta todo santo dia pra manter a chama acesa, bem dentro, bem forte. Às vezes, um punhado de horas por dia, me bate no peito a voz da desistência, que me ameaça com a cara mais pálida que há no mundo, me dizendo coisas absurdas, mas que me são tão mais fáceis e acessíveis. - Desista - ela diz. Às vezes eu retruco, brigo com ela. Outras tantas, sou eu quem chora baixinho. É nessas horas que você percebe que Deus não desiste nunca. E que ele sempre prepara surpresas risonhas pros nossos caminhos. Mas pra você recebê-las terá de ter um coração aberto e tranquilo. Por isso, quando chegar a hora de dormir, não esqueça de acender a luz da Fé, aquela que mora no coração e que acende a alma. A única luz que nos mostra o rumo.




sábado, 30 de outubro de 2010

Há em mim duas fontes de vida.



Estou para a vida como quem abre o coração para a brisa carregar algumas folhas secas... Compreender minha mente me ajuda a estar livre para sentir tudo e eu não quero só a serenidade, quero a tormenta. Não quero só a calma, quero a fúria. Não quero só o amor, quero a solidão. Não quero só a paz, quero a catarse. Não quero só o silêncio, quero a surdez. Pode ser sim que, em determinado momento da minha vida, eu sinta apenas a serenidade, a calma, o amor, a paz e o silêncio, mas enquanto meu coração pulsar quero tudo e o nada ao mesmo tempo. Sobre sentir, confesso que sinto e muito. Sinto a respiração mais profunda quando recebo um abraço de minha mãe. Sinto meu porto seguro e indestrutível quando meu converso com meu pai. Sinto meu coração aquecido quando estou perto de quem admiro. Sinto minha mente líquida fluindo diante do mar. Sinto minha humildade quando ao lado de outro, qualquer outro, reconheço nele(a) sua infinita beleza independente de mim, dos meus juízos, preconceitos,valores. Sinto meu estômago murmurar quando estala em minha boca o sabor do chocolate. Sinto a dor e a tristeza quando a vida me fecha as portas e quando eu não consigo abri-las. Sinto o desprezo quando não me olham na cara ou me olham e me subestimam. Sinto medo por minha escuridão, por minhas prisões e meus fantasmas, mas também, sinto meu corpo vivo quando amo alguém. Sinto que sou completo quando desfruto da experiência de transcender a mim mesmo pela verdade do outro. E sinto a verdade quando meus pés roçam o chão e se aquecem no calor pulsante que cada grão da terra vibra em minha pele. Sinto tudo que me permito sentir e me permito tudo porque a vida sem sentir não é vida é paisagem insólita, estática e fria. Há em mim duas fontes de vida: A do coração e da mente, por ambas vivo simultaneamente, e para ambas quero a liberdade, a liberdade da minha plenitude!

Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam.



Tem gente que entra na nossa vida de forma providencial e se encaixa naquela história que gosto de imaginar: surpresas que Deus embrulha pra presente e nos envia no anonimato. Surpresas que só sabemos de onde vêm porque chegam com o cheiro dele no papel. Acho maravilhoso perceber o quanto algumas vidas interagem com a nossa de um jeito tão mágico e bonito. Os milagres existem para quem tem olhos que sabem ver a sabedoria e a ludicidade amorosa próprias do que é divino. Do que transcende. Do que escapole da nossa lógica tantas vezes sem coração. Todo encontro que verdadeiramente nos toca é uma espécie de milagre num mundo de bilhões de seres humanos. Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam, mas, meu Deus, que agrado bom é para a alma descobrir que vivem. Que estão por aqui conosco. Pessoas que fazem muita diferença na nossa jornada, com as quais trocamos figurinhas raras para o nosso álbum. 

Amar é muito mais Sentir...



Tentei lhe dizer muitas coisas, mais acabei descobrindo que amar é muito mais Sentir do que Dizer.
e milhões de frases bonitas, Jamais alcançariam o que eu sinto por você.

( Douglas  )

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Recordar.



Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente... Recordei de amigos e parentes distantes, aqueles que eu sempre deixo pra depois porque moram muito longe ou acabaram se tornando pessoas muito diferentes de mim, sempre penso “mês que vem faço contato com eles”. E se não tiver mês que vem? Finalmente chorei todos os meus amores que acabaram, todas as portas que eu deixei entreabertas (porque sou péssima em fechá-las) e que se fecharam pela vida: a maioria casou, juntou, sumiu, nem sei por onde anda. Alguém quis fazer desses amores perdidos moradias e eu mais uma vez fiquei sem minha placa de “aluga-se”. Enfim chorei o fim de tudo, assim é a vida, uma morte a cada dia. Depois, como sempre, limpei o rosto e continuei procurando pela minha casa. Estar sempre insatisfeito, na verdade, é o que faz a gente nunca desistir de seguir em frente e quem sabe um dia se encontrar nesse mundo.

Descubra seu próprio Jardim.



Enfeite-se com margaridas e ternuras
E escove a alma com flores
Com leves fricções de esperança
De alma escovada e coração acelerado
Saia do quintal de si mesmo
E descubra o próprio jardim...



Carlos Drummond de Andrade

Flores em vida.

Sei, já não são meus, vento levou tempos que não mais voltam e então o que eu fiz por mim e por quem amei? Só desilusão, reconheci, não construi o que planejei, pouco abracei e não ofereci perdão. Já não alcanço o passado meus limites percebi, o hoje é tudo o que tenho, isso entendi preciso trazer a memória histórias que desprezei não posso me esquecer, tenho que oferecer flores em Vida Enquanto é dia. 
Não se esqueça, ofereça Flores HOJE em Vida Enquanto...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Gente fina é que tinha que virar tendência.



"Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença. "



Martha Medeiros

Entenda as perguntas e viva feliz.



E o meu exercicio diário continua sendo decifrar as questões que a vida me dá.
É quase um malabarismo, onde mater a lucidez é imprescindível.

Então vasculho todos os espaços existentes em mim,
E percebo que não preciso ter todas as respostas,
Basta não me fazer de desentendida e aceitar todas as perguntas.

O maior erro do ser humano não é o vacilo que muitas vezes comete,
Mas se submeter a cegueira para obter somente a resposta que lhe interessa!



(Creditos Fê)

Eu sou um mistério para mim.



Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei, eu existo.

Nunca é tarde.




"Nunca é tarde demais, ou cedo demais, para ser quem você quer ser. Não há limite de tempo. Comece quando quiser. Mude ou continue sendo a mesma pessoa. Não há regras para isso.
Você pode tirar o máximo proveito ou o mínimo. Espero que tire o máximo. Espero que veja coisas surpreendentes. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com um ponto de vista diferente. Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe. E se não se orgulhar dela, espero que encontre forças para começar tudo de novo. ’’

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Escrever... escrever e escrever!



Não consigo mais me conter. Já não dá, não consigo mais.
Todo dia é assim, essa parte minha que fica ansiosamente, desde a hora que eu acordo, esperando pelo momento em que ela vai aparecer e dar seu ar de graça. E quando eu não a deixo, ela fica triste, como se tivessem arrancado-lhe seu doce preferido. Que na verdade é mais que isso. Já nem penso mais, somente faço. E creio que faça bem. Escrever já não é mais uma opção minha, tornou-se obrigação, com todos os seus meios de expressão e a quantidade imensa de possibilidades. Não há mais escapatória, cai nesse imenso abismo e não pretendo - e nem quero - retornar. E talvez grande parte de vocês não entendam o quanto isso é realmente importante pra mim, ou o quão prazeroso é isso. Talvez eu não consiga nunca traduzir em palavras a sensação que tenho ao ver as linhas, as palavras fluindo de forma tão inocente que me acalmam. Eu já passei da fase em que escrevia somente por me divertir, agora eu escrevo para me sentirem, me tocarem, me entenderem.Não é uma forma de escapatória do mundo real, muito pelo contrário, é exatamente isso que me mantém tão próxima da realidade. Escrevo para me expressar, para me sentir, para saber que sou sem precisar que me digam. Escrevo por que posso, gosto. E se não gostasse... De qualquer modo agora é tarde demais para viver sem isso.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Desenhos sobre a Felicidade.





"São desenhos que o vento vai fazendo em parques enquanto as crianças brincam. As mães estão desatentas e os pais jogam xadrez nas mesas de pedra. Mas acalmem-se, apaixonados, acalmem-se pois o que há de mais apaixonante na vida do que a felicidade? Ela é um desenho que o vento enfeita numa folha de papel, pois tão somente parece eterna, se vai sem despedidas, levando no teu colo as folhas das árvores mais frondosas. 
E na palma da minha mão há um punhado de areia. Deixo que se vá, que o vento a leve grão por grão que se perderá pelo caminho. E a felicidade que sinto ao enxergar todos felizes, porque a sinto, encontro-me num ciclo estranho e metafísico. Não me encontro em mim agora. Encontro-me num sonho, paraiso perfeito. Encontro-me adormecida num deserto emaranhado de rabiscos abstratos. E desenhos sobre a felicidade."

domingo, 3 de outubro de 2010

Um café?



Há frio...
Ventos leves...
Chuva rala...
Aperto no peito...
Distância dolorida...
Vivência não vivida...
Saudade do porvir...
Contos leves...
Tua voz ao meu ouvido...
Ele me garante que espera...
Gostamos de pensar que estou a fazer uma viagem qualquer...
E nos falamos ao telefone...
Escutamos qualquer música careta...
Assistimos a um filme qualquer...
E enquanto a chuva cai...
Nos falamos à distância...
Esse ser que nos oprime e arranca lágrimas de mim...
Mas estamos tão próximos, é certo...
Que há pouco nos oferecemos carinho...
Cafuné, deitar no colo, dormir coladinho...
Oferecemos o comum de casa...
Quer um café?




Será que não é tempo de ter esperança? Acreditar... Andar lentamente pela chuva e observar como as pessoas deixam sua vida escorrer entre os dedos sem ao menos sentir suas gotas rolando pela pele.... Eu quero mais é viver o tempo do agora...onde tudo é possível, onde moram todos os sonhos. Sei que hoje chove e não vou esperar que o sol se abra e traga a cura.... Quero apenas me despir da ansiedade para ver o mundo em câmera lenta bem diante de mim. Privilegiados aqueles que percebem isso. Quantos momentos esplêndidos evaporam lentamente enquanto esperamos pelo que há de vir... Perceba os traços dessa fumaça suave....sinta...toque...
Então poderemos nos inebriar por sua doce melodia e nos alimentar a cada segundo, sempre mais e mais e mais e mais Completos nunca seremos, mas pra que? O grande êxtase é buscar sempre... em cada molécula de poeira, em cada gotícula de água, em cada sopro de sentimento... algo que nos sacie um pouco mais. Então os dias não mais passarão, eles serão! E isso é viver! É a inquietação pulsante que nos leva ao movimento... Estáticos seremos sempre uma massa sem vigor. Eu quero mais é cair, é chorar.... Prefiro seguir com cicatrizes ainda abertas, a continuar pálida diante do fantástico crepúsculo que o mundo oferece ainda hoje a cada um que escolha ver. Então perceber que a cura não está fora, mas dentro de cada um.

Tempo de vida.



Tem épocas em que a poesia tira férias das letras. Ela escapa das folhas do caderno e vai entrando... devagarzinho na minha vida. Acomoda-se do meu lado na cama e começa a sussurrar sonhos no meu ouvido. Sopra uma brisa doce no meu rosto e me faz andar com uns versinhos bobos grudados na cabeça.


Tem épocas em que as letras viram vida ...
                         E eu não consigo aprisioná-las no caderno.

Eu por eu.


Faz tempo que deixei as máscaras caírem por terra. Faz tempo que deixei de tentar me esconder atrás dos medos. Faz o mesmo tempo que assumi que o amor é fato incondicional na minha vida e que eu posso abrir mão de tudo... e de todos, menos de mim. Eu ainda me olho no espelho e vejo as mesmas imperfeições de antes e o meu cabelo não amanhece lindo como nos comerciais de TV. Mas hoje eu vejo uma pessoa nova dentro de mim. Essa pessoa é linda porque é ela. Ela exatamente como ela é e não tenta maquiar com blush e corretivos as marcas que a vida já lhe concedeu. Olho para as pequenas marquinhas de expressão que já surgem no meu rosto que, antecipadamente, ameaçam nascer e lembro, com orgulho, que vivi. Erros ou acertos, não importa. A vida é urgente e não dá pra voltar atrás em todos os tropeços que damos. Não dá pra rebubinar a fita, tampouco apertar o delete do teclado. O grande aprendizado é olhar para frente e seguir adiante porque nada volta... e na próxima esquina poderá encontrar uma flor... ou uma pedra. Só depende de você. Ninguém pode limitar a nossa felicidade ou dizer até onde devemos ir. Nem nós mesmos.  E eu quero viver comigo pra sempre. Mesmo nos dias em que amanheço tão nublada que mais pareço tarde de tempestade em janeiro. Eu quero morar comigo e amar toda a vida que eu escolher ter. Mesmo quando as minhas escolhas não forem as melhores. Eu prometo me amar e respeitar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte física me leve para o reencontro eterno. Amém!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Religião e Política.



A religião e politica sào artes do mesmo tema; uma propõe a solução a outra administra o problema. Estas artes combinadas controlam a humanidade tanto nas coisas complexas como em sua simplicidade. Manter o rebanho unido a primeira preconiza organizar bem o publico a segunda sinaliza. A religião se sustenta pelo dogma da crença a política ao contrario administra a desavença.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Coisas sem as quais não posso viver.




Estava olhando as configurações no meu perfil do Orkut, quando vi um espaço, para se completar com as cinco coisas sem as quais não se consegue viver. Viver é tarefa complexa. Será possível mesmo elencar as coisas sem as quais não vivemos? São tantas... Para mim, existe muito mais do que cinco coisas. De qualquer forma, isso me fez pensar nas coisas que eu não fiz.
Eu sempre tive vontade de morar em Nova York. Não definitivamente. Gostaria de vivenciar Nova York. E olha que isso não foi porque vi Sex and the city ou Friends, mas porque é onde tudo acontece: os melhores musicais, o MoMA, o Museu de História Natural, bares onde podemos ouvir um excelente jazz, ótimos restaurantes, Dia de Ação de Graças, Natal com neve, Central Park e várias outras coisas interessantes para se fazer.
Também gostaria de morar em Paris. Visitar os parques, beber aqueles vinhos franceses maravilhosos, passear a margem do Sena, como no filme Depois do pôr-do-sol, comprar quadros em MontMartre, passar por baixo do Arco do Triunfo, admirar a arte no Louvre, ir a um café charmoso, ler jornal e beber algo. Poderia sim passar um tempo por lá. Então, viajaria por toda a Europa. Até mesmo de trem, como no filme Antes do Amanhecer, que por sinal, faz a gente querer que a paixão seja um estado perpétuo, como se fossemos capazes de congelar aquilo no tempo, ou melhor, segurar o momento.
Divagando um pouco no estado paixão, que realmente é algo que me alucina e me tira as rédeas, eu compraria uma casa em Toscana, como no filme Sob o sol de Toscana, encheria minha casa de amigos e faria uma grande reforma em minha vida. Bramasole. Ou entao viajaria para Buenos Aires só para respirar a música por todos os cantos, E poderia, posteriormente, a dois, fazer a rota do vinho na Califórnia. Então, estaria pronta para voltar ao Brasil.
Estas são as coisas que eu sinto vontade de fazer. Confesso que o grande barato da vida é viajar. Só que isso sai caro. Então fica mais fácil viajar por meio dos livros e filmes. E minhas viagens por meio dos sonhos não são turísticas, mas sim estilos para viver com intensidade.



Outra coisa fundamental é escrever a própria vida. Para mim, quem escreve a própria vida é o verdadeiro contador de histórias. Mas há mais uma coisinha importante: sonhar. E escrever todas as páginas.
Com isso, penso nas coisas importantes para mim antes de morrer. E se a morte viesse me buscar e pedisse que eu desse um único motivo para me deixar ficar, eu daria o maior de todos: poder me conhecer. Assim, ela me deixaria aqui de vez, pois isso seria algo inesgotável, tendo em vista que ainda resta muito para eu descobrir sobre mim, e claro, sobre o mundo, já que não estou desvinculada dele.
Por isso, não posso elencar as coisas sem as quais não posso viver. Isso empobrece o tema. Mas posso sim dizer, com toda a certeza do mundo, que não poderia jamais passar em branco pela vida.

Música “vício da alma”.



A música me desconstrói. Passo a ser alguém que transcende os próprios limites. Como se eu deixasse meu próprio corpo e flutuasse na melodia.  A música me consome, mas eu não sinto dor. Só sinto leveza. Sinto como se eu fosse o vento. Como se eu não tivesse nada que me prendesse. Como se tivesse asas. Como se voasse, sem pensar em voltar. Partir. Sem sofrer. A música toma conta de mim. Já não sou eu. Sou melhor. Sou a própria melodia que escapa de qualquer explicação ou razão. Sou nota, Sou tom, Dom. Desprovida de qualquer intenção, Só emoção.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sobre mim.

Retirado de "O inquieto curriculum vitae de Débora Prates "


Nasci numa Quarta-feira começo de inverno em uma pequena cidade da Serra Catarinense, onde a estrada faz uma curva. Era inverno. Quase morri antes de fazer um ano. Depois me engracei pela vida e nunca mais parei de viver. Na infância fiz muitas coisas sérias: apanhei chuchu no telhado da garagem; montei uma banda que só tinha um baterista tocando um balde virado; tive criação de lagartas e escalei em tempo recorde o abacateiro lá de casa. Aos sete anos Fui pra Lages. Morei na Rua das Sete Casas, onde o meu quintal era o mundo. Namorei todos os meninos do bairro. E eles não sabem até hoje. Já fui palhaça, vendedora ambulante, empacotadora de mercado, secretaria, professora de escola dominical infantil. Já trabalhei na roça do sitio da minha vó plantando arroz. Já apresentei baile de debutante de oitava Série. Já dei a volta ao mundo com uma mochila nas costas (mentirinha). Virei cristã e agora comecei a escrever  o que penso, talvez um dia eu possa chamar isso de vivencia, Já namorei, briguei , já plantei muitas árvores, brinquei muito de boneca, cai muitos tombos e agora estou tentando escrever tudo isso em um blog, Mas tudo isso me parece tão pouco. Passei a vida a me procurar. Me encontrava todos os dias pra me perder de novo, logo em seguida. Tive tudo. Perdi tudo. Mas meus dias sempre tiveram fundo musical. Aprendi que a vida vale a pena, e ser feliz é a lei, e nunca mais esqueci disso. Faço aula de violão. Gosto de espanhol . eu amo cantar e tudo o que envolve musica, Curso administração mais meu sonho é ser Advogada. Sonho sem parar. E acho que estou namorando com o menino mais bonito e legal do mundo. :D

Muito Prazer.

  

Eu tenho medos bobos e coragens absurdas. Eu vivo cercada de pessoas por fora da minha bolha egocêntrica, infantil e sensível. Eu preciso de sal e açúcar para não virar os olhos de pressão baixa e hipoglicemia.

Escrevo por três motivos simples: preciso aparecer e não sou bonita o suficiente, preciso matar o tempo e preciso não morrer. Sou fútil, entro em pânico pela moda, mas meto um chinelinho pra parecer desencanada. Sou romântica, entro em pânico por não ser amada. Eu vivo à espera daquele momento, mas não sei momento é esse. Às vezes sinto cheiros e morro de saudades de coisas que já não me lembro mais.

Eu me orgulho de todas as minhas lembranças ingênuas, mas tenho consciência de que foi a minha fragilidade cansada que me transformou numa pessoa irônica. Eu tenho uma risada escandalosa que me envergonha e uma mania ridícula de imitar a Madonna nas pistas de dança.Eu sei de cor tudo o que tenho que fazer para dar certo, mas tenho medo da responsabilidade de ser notada. Adoro o toque do telefone que quebra o barulho do abandono, a força leve da caneta no papel que pode transformar tantas coisas e o som do carro chegando na chuva para me salvar. Às vezes, eu gosto apenas da folha em branco, do silêncio, da noite e da janela fechada, de preferência todos juntos. Adoro o som de crianças num parquinho. Acho tudo o que se refere ao amor extremamente brega. Acho tudo o que não se refere ao amor extremamente infeliz.

Tenho crises de pânico mas nunca tomei nenhum remédio, acho normal que às vezes o ar se despeça do meu mundinho fechado e me faça vagar pela falta de pressão do universo. Minha mão fica tão gelada e meu coração tão quente que eu pareço um petit-gateau. Tenho medo de vomitar e não parar nunca mais de vomitar.

De bater a cabeça desmaiada na pia e morrer solitariamente. Eu cansei de papo furado à luz de velas, eu cansei da ansiedade e da ilusão de princesa. Eu prefiro um DVD e um pijamão e todas as minhas guloseimas no armário da cozinha. Mentira. Tudo mentira. Eu corro atrás o tempo todo. Não vou falar de nada que não seja meu umbigo. Sou essa mala monotemática mesmo, chata, obsessiva, mas que ama muito mais do que odeia.


Bem vindo ao lugar certo.

Se você simplesmente entrou aqui pra ler uns textos, porque curte meus textos ou porque ainda não sabe que curte meus textos, saiba que esse blog, foi feito pra você! Leia, leia, leia, leia e leia. É pra isso que estamos aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Lágrima Sincera.







A lágrima é tão inimiga do riso, quanto a lagarta é da borboleta. Há quem acredite que é preciso driblar o choro para chegar ao gol da alegria. Há quem pense que o sofrimento mora distante da felicidade, sendo que na verdade estão todos na mesma vizinhança, e por muitas vezes quem coloca a bola nos pés da festa é o passe certeiro da dor. Não podemos ignorar nossas feridas para, esquecendo delas, curtir algum fugaz tempo de safisfação. Precisamos olhar para dentro da lágrima com os olhos da fé. Seremos surpreendidos ao descobrir a gargalhada cravada entre o pranto e a desilusão. Quando enfrentamos nossos pesadelos, ao invés de ignorá-los, sentimos tamanha alegria ao vencê-los com o poder de Deus, que nossos saltos incontidos são como brincadeira de criança sonhadora. Quem esconde sua solidão num riso fabricado pelo medo, perde a chance de ao mostrar sua dor, encontrar amigos, desvendar a face de um irmão em um rosto antes desconhecido. Aceitar nossa fragilidade é o que nos torna realmente fortes. Descubramos as restaurações, transformações, vitórias, canções, poemas e tantas outras belezas semeadas dentro do universo de uma lágrima sincera.